Antes, as portas abertas, todos conheciam todos, era um cafezinho, um pedaço de broa, um biscoito de polvilho estava sempre nos esperando, e hoje, infelizmente muitos passam perto da gente, nem nos conhecem mais, é a vida, é o mundo girando, as pessoas cada dia sem sentimentos., sem estar preparados para o nosso sucesso, os braços as vezes estão abertos, mas os corações fechados, mudou muito.
Distrito abandonado pelo poder público, sem crescimento, sem trabalho, sem perspectiva de rendas, onde os moradores vivem como funcionários públicos, professores e ou aposentados e as vezes vivendo de uma lavoura de café. Se acomodaram, antes a maioria tinha uma horta no fundo do quintal, uma criação de porcos.
Hoje além da proibição pelo órgão municipal, nas roças vizinhas, nem verduras, ovos, galinhas, etc, não existem mais. E quando o caminhão de verdura chega uma vez por semana, parece festa. Tem gente da área urbana e da roça buscando legumes, frutas, verduras, acabou a fartura. Antes era terra da fartura, terra da rapadura, da cachaça, do melado. Nossas bisavós (André) e outros traziam verduras para atender a comunidade, hoje o carro da verdura anda mais de 200 km até nossa comunidade.
0 que está acontecendo? Estamos acomodados ou é a massificação cultural? Estamos indo para frente ou regredindo?
Somos filhos de Pequiá.
Julio Zap
Economista, ex professor da PUC-MG, com pós graduação e mestrado, empresário no ramo de construção civil na cidade da Serra-ES. Tem casa e família em Pequiá