JOSÉ RAMOS: Como está sua relação com a administração do Prefeito Romário?

 Confira um corte da entrevista com o ex-deputado e ex-prefeito de Iúna, José Ramos

JOSÉ RAMOS: O deputado que você apoiou trouxe retorno para Iúna?

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JOSÉ RAMOS: A escola técnica ainda tem como ser recuperada?

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JOSÉ RAMOS: O que eu fiz para não ter problemas na Justiça quando prefeito?

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ENTREVISTA: GILSON DANIEL (Secretário de Estado do Governo do ES)

Confira a entrevista completa com o Secretário Gilson Daniel, onde ele conta sobre pontos importantes da política no estado

ES fecha 10 meses com segundo menor número de homicídios dos últimos 25 anos

Os números desse ano estão acima somente dos registros no ano de 2019

Autor de tentativa de homicídio é preso em Guaçuí

O homem vai responder pelo crime de tentativa de homicídio e foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória 

Delegacia de Polícia de Guaçuí recupera veículo roubado

As investigações continuam para identificar e prender o indivíduo responsável pelo crime

Teto de gastos: uma escolha muito difícil


Teto de gastos virou a nova palavra da moda. Colocando a grosso modo, e de forma até errada, mas que serve para ilustrar seu verdadeiro intuito, é um dispositivo legal que inibe que o governo contraia gastos correntes, ou seja, que são ad eternum, sem receita correspondente. De maneira mais simples ainda: o governo federal não pode prometer pagar algo sem ter dinheiro para isto.


Pode parecer coisa efêmera mas há uma lógica por trás da medida. O governo brasileiro já deu 10 calotes ao longo do último século. E calote se dá por dois motivos: 1º) não tem dinheiro para pagar. 2º) tem dinheiro mas não quer pagar. Em ambos os casos o filme do país sai chamuscado. Como nosso passado de mal pagador insiste em nos perseguir, criamos alguns mecanismos que garantem certa solvência. Entre eles, o teto de gastos.


Como ninguém empresta dinheiro para bêbado, o ideal é que o bêbado abandone o alcoolismo para só depois pedir algum trocado. E um remédio é o teto. Porém, há alguns fatores que o atual governo está justificando para "furar" o teto. Vamos a eles: a) a pandemia impôs sérias restrições orçamentárias, diminui-se a arrecadação de impostos e os auxílios incentivaram uma gastação desmedida; b) a inflação impôs sua força, colocou de volta milhões abaixo da linha da pobreza novamente; c) todos os países do globo praticamente estão adotando as mesmas medidas econômicas, em maior ou menor grau; d) a lei criou o teto mas não construiu paredes, ou seja, bloqueou o aumento de despesas de um lado e do outro obrigou que algumas despesas devem, necessariamente crescer, como educação e salário de alguns funcionários públicos.


O governo gastou acima da teto, no ano passado, 600 bilhões de reais. O que o governo quer este ano gastar acima do teto são apenas 30 bilhões. Somente 20%do total de um ano para o outro. A conta é simples mas a lógica é complicada. O mercado perdoou os 600 mas a princípio não quer perdoar os 30. Ainda somos um tipo de ex-bêbado muito recente. Nosso médico, leia-se mercado global de capitais, acha que as 600 bilhões de doses que tomamos ano passado podem ter desencadeado novamente o vício.


Há também que se considerar o barulho político. Ano que vem tem eleições e o atual presidente é considerado, por parte do espectro político, fraco, em termo de voto, para vencer qualquer oponente em um segundo turno. Oposição (PT) e seus novos amigos (PSDB e DEM) entraram no modo "quanto pior melhor". Sim, a democracia tem seu preço. E preferimos pagar por ela. Mercado não tem sensibilidade social; e sociedade – ou os que passam fome – não tem sensibilidade mercadológica. No meio disto há o governo. E você, no lugar do presidente, o que faria? 

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Edição 1307

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Entrevista: Gilson Daniel, Secretário de Estado do Governo do ES

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