O indivíduo já havia sido preso uma vez por um atentado contra a mesma
Tudo começou por volta do meio dia, quando o policial foi até à loja de sua mãe no centro da cidade pedir R$ 5.000,00. Diante da negativa da mãe, ele sacou uma faca e ameaçou matá-la. Neste momento, a funcionária saiu e ele fechou a porta.
A advogada Ana Paula Cezar, ao saber do que estava acontecendo, abriu a porta e entrou juntamente com o marido para tentar salvar a comerciante. O policial partiu para cima do casal, acertando o pescoço do marido da advogada. No movimento, ele conseguiu evitar ferimentos. De acordo com a advogada, quando ela foi atacada pelo policial, a mãe dele sugeriu a ela não entrar, dizendo: "deixa ele me matar, pelo menos isso acaba".
A advogada contou que não é a primeira vez que isso acontece. Ela relatou que ele ataca a mãe de vez em quando em busca de dinheiro. "Ele estava preso até poucos dias por causa de uma agressão contra ela", destaca.
O policial saiu em direção ao apartamento da mãe, próximo do fórum e em frente ao restaurante Chuletão. Lá, ele se trancou para não ser preso. No apartamento, estava uma amiga dele e o filho dela.
Operação
A Polícia Militar, quando chegou à loja da mãe do rapaz, foi informada de que ele havia ido para casa. Quando lá chegaram, deram conta de que ele estava trancado com uma mulher e uma criança. Oito policiais da força tática, incluindo o comandante da corporação, Capitão Lucas Muzi, entraram no prédio e começaram a negociar a rendição do policial. Foram aproximadamente três horas de negociações.
Segundo o Capitão Lucas, a rendição foi tranquila, sem enfrentamento nem agressão. No momento em que foi solicitado, ele liberou a mulher e a criança. Uma das condições acertadas para a rendição foi a de não o algemar para o percurso da saída do prédio até a viatura. Ele foi colocado na gaiola da viatura para ser conduzido até a Delegacia de Polícia de Venda Nova do Imigrante. De lá, foi enviado para o presídio militar. Por se tratar de violência doméstica, ele foi enquadrado na Lei Maria da Penha.