Moradores do município se dirigiram à Delegacia, depois de caírem no golpe e sofrerem extorsão por parte dos criminosos
Neste golpe, criminosos atraem homens mais velhos, por meio das redes sociais, utilizando fotos de mulheres jovens para atrair a atenção das vítimas, iniciando uma conversa. Na medida em que a conversa evolui, eles passam a trocar fotos íntimas.
"Em seguida, o homem, vítima do golpe, passa a receber ligações dos supostos pais da jovem ou de falsos policiais civis, tanto agentes quanto delegados, que o acusam de pedofilia, sob a alegação de que as fotos são de uma criança ou adolescente. Na extorsão, os falsos familiares exigem valores para não denunciar à polícia ou se identificam como delegados, na tentativa de arquivar os supostos inquéritos", explicou o titular da DP de Mimoso do Sul, delegado Romulo de Carvalho Neto.
O delegado disse que os criminosos usam uma gama de artifícios para conseguir extorquir dinheiro das mesmas, se passam por policiais civis, usam falsas delegacias e até falsas vítimas menores de idade. Por isso, é necessário estar atento para não perder dinheiro.
"A orientação é que a vítima não deposite nenhum valor na conta de qualquer pessoa que tente extorqui-la e que procure imediatamente uma delegacia de polícia para registrar a ocorrência. As pessoas também devem redobrar os cuidados na utilização de redes sociais, pois uma vez enviada uma fotografia, dificilmente poderá ser apagada da internet", acrescentou o delegado.
Este tipo de golpe vem sendo registrado em todo o Brasil e, em setembro de 2021, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul desmantelou uma quadrilha especializada neste crime que tinha base naquele estado. Os casos registrados em Mimoso do Sul serão encaminhados para a Polícia Civil do Rio Grande do Sul para que sejam incluídos na mesma investigação.
Uso indevido da imagem
Algumas vítimas relataram na Delegacia que receberam mensagens atribuídas ao próprio delegado, inclusive com o uso de uma fotografia do titular da DP de Mimoso do Sul, provavelmente obtida na internet. O caso foi registrado e comunicado à Corregedoria da Polícia Civil, para que possam ser iniciadas investigações sobre quem usou indevidamente a imagem da autoridade policial.
Fonte: Polícia Civil-ES / Texto: Camila Ferreira