Polícia Civil concluiu o inquérito do crime que vitimou Jair Ribeiro de Almeida, ocorrido no dia 26 de maio
O inquérito policial que apurava o homicídio de Jair Ribeiro de Almeida, 79 anos, ocorrido no dia 26 de maio em Iúna, foi concluído pela Polícia Civil. A investigação apontou que a filha adotiva da vítima foi a mandante e contou com a ajuda do ex-companheiro e do atual namorado para cometer o crime.
Segundo a PC, os autores foram indiciados pelo crime de homicídio qualificado por meio cruel ou insidioso, que dificultou a defesa da vítima e com o objetivo de ocultar a execução de outra infração penal. A filha, de 22 anos, também foi indiciada por motivação torpe, pois teria cometido o crime para antecipar a herança do pai.
"A motivação foi encobrir saques bancários não autorizados na conta da vítima. Nos meses anteriores ao crime, a filha tentou assassinar o pai ministrando doses de veneno. No curso do inquérito, foram cumpridos cincos mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão temporária e um mandado de medida cautelar diversa da prisão", explicou o titular da Delegacia de Polícia de Iúna, delegado Nelson Coelho Fonseca Junior.
O inquérito policial com a representação pela prisão preventiva da filha da vítima foi encaminhado ao Poder Judiciário. Ela foi presa na terça-feira (23) por policiais da Delegacia Regional de Venda Nova do Imigrante e do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat) Serrano.
O mandado foi cumprido no distrito de Caxixe, em Venda Nova do Imigrante. A equipe policial se deslocou até a residência da suspeita, localizada na zona rural do distrito, onde foi presa. A detida foi encaminhada ao Centro Prisional Feminino de Cariacica (CPFC).
Outros envolvidos presos
No dia 18 de junho, o ex-companheiro da filha da vítima, um homem de 30 anos, foi preso no bairro Pito, em Iúna. A prisão foi realizada em cumprimento a um mandado de prisão em desfavor do indivíduo por envolvimento no homicídio.
Já no dia 23 de junho, foi cumprido o mandado de aplicação de medidas cautelares da prisão do então namorado da mulher, um homem de 21 anos. O suspeito foi conduzido ao Centro de Detenção de Cachoeiro para colocação de tornozeleira eletrônica e depois, levado ao Fórum da Comarca de Iúna para tomar conhecimento de outras medidas aplicadas, como comparecimento em juízo, proibição de aproximação de testemunhas e recolhimento domiciliar noturno.
O crime
Jair Ribeiro de Almeida morreu asfixiado por homens que invadiram a sua residência na madrugada de domingo (26), próximo à Rua Brás Lofêgo, bairro Guanabara em Iúna.
A princípio os vizinhos pensaram ser um roubo seguido de acidente, mas ao verificarem, descobriram o corpo do idoso na caçamba do veículo e chamaram a Polícia Militar. Dentro do veículo foram encontrados pertences da vítima, incluindo duas televisões, um notebook, roupas e garrafas.
Os criminosos reviraram os cômodos da casa do Sr Jair e, segundo a perícia, a provável causa da morte foi asfixia, possivelmente precedida de tortura, evidenciada por vestígios de sangue e urina no colchão e lençol da vítima.
Segundo informações da Polícia Militar, os criminosos asfixiaram o idoso e em seguida colocaram o corpo na caçamba da própria caminhonete do Sr Jair, mas ao tentarem fugir acabaram batendo nos carros que estavam estacionados às margens da rua, o que causou barulho e acordou os vizinhos, por fim abandonaram o veículo e fugiram correndo.
A filha (adotiva) da vítima esteve no local e segundo a Polícia Militar, ela relatou que ao sair de casa na noite do crime, deixou o portão lateral da casa fechado, sem trancar, e que seu pai trancaria. Porém, de acordo com a PM, o portão necessita de chave para abertura, mesmo sem trancá-lo, modelo fechado de portão.
Não foram encontrados indícios de arrombamento, segundo o perito criminal. Ao ser questionada sobre a morte de seu pai, se saberia de algum suspeito ou informação relevante para chegar aos criminosos, a filha da vítima disse não saber de nada.