Caso Amarildo: Polícia Civil finaliza as investigações e prende o criminoso em Iúna

Caso Amarildo: Polícia Civil finaliza as investigações e prende o criminoso em Iúna

Segundo a PC, a principal motivação foi uma dívida de aproximadamente R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) cujo credor era a vítima

Na manhã desta quarta-feira (11/10), a Polícia Civil do Estado do Espírito Santo, em operação conjunta entre as Delegacias de Iúna e Muniz Freire, prendeu E.O.S., 25 anos, indiciado por ter executado a tiros a vítima Amarildo Domingos Leite Cote, 38 anos, próximo a comunidade Alto Uberaba, na entrada da escola técnica abandonada no município de Iúna.

A operação foi a etapa externa das investigações que se iniciaram instantes depois da consumação do crime, ocasião em que as equipes da Polícia Civil de Iúna e Muniz Freire, imediatamente ao tomar conhecimento do crime, coordenados pelo Delegado Titular Dr. Bruno Alves, formaram uma força tarefa para levantar os dados e informações no local do crime, realizando as diligências preliminares e coleta de vestígios e evidências.

Inicialmente o indiciado E.O.S. foi considerado como testemunha, pois a vítima estava com ele a bordo de uma caminhoneta Fiat/Strada e, segundo versão de E.O.S, uma motocicleta com dois ocupantes teria ultrapassado o veículo e o obrigado a parar, tendo, em seguida, um ocupante descido e dito a ele para sair do carro que o problema não era com ele e, em seguida, sacou uma arma de fogo e desferiu vários tiros na cabeça da vítima, que se encontrava no banco do carona. E.O.S. ainda se deslocou para o pronto socorro municipal, a pretexto de socorrer a vítima, a qual, após poucos minutos veio a óbito.

Resolução do crime

Segundo a Polícia Civil, a equipe de investigação utilizou-se de metodologias científicas aplicadas à investigação criminal e poucos dias após o crime constatou que a versão apresentada por E.O.S. não era crível quando confrontada com os demais indícios e evidências. Com o passar dos dias e os trabalhos técnicos integrados entre investigadores e peritos criminais, bem como a utilização de ferramentas tecnológicas, chegou-se à hipótese de que E.O.S seria autor, co-autor ou partícipe do crime.

Diante dos indícios, a autoridade policial presidente do inquérito representou ao Poder Judiciário pela decretação da prisão do indiciado e busca e apreensão em dois endereços, sendo o dele e o do sogro, o qual é proprietário do veículo utilizado.

Durante interrogatório, o indiciado E.O.S confessou a prática do crime, revelando que a principal motivação foi uma dívida de aproximadamente R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) cujo credor era a vítima, a qual tinha por hábito ceder cartões de crédito para pessoas conhecidas fazerem compras. E.O.S é afilhado de casamento da vítima e trabalhavam juntos na mesma empresa há dez anos. O indiciado confessou que a vítima foi executada com cinco tiros quando estava distraída no interior do veículo e não teve chance de defesa.

Foram apreendidos smartphones, pen-drives e documentos que serão objeto de análise dos investigadores para comprovarem a autoria, motivação e circunstâncias do crime.

O preso será encaminhado ao sistema prisional estadual para o cumprimento da prisão temporária de trinta dias, podendo ter a prisão preventiva decretada com a conclusão das investigações. 

 

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