A intenção foi entregar o protocolo usado pelo médico para quem ela trabalha, que evitaria a morte por Covid-19
A bacharel em direito Ana Carolina Alves, natural de Lajinha-MG, dia 11/04 foi a Brasília protocolar um documento, que se trata de protocolo de tratamento da Covid-19. Ela levou um caixão, simbolizando as mortes pela doença. Segundo ela conta, parou em frente ao Senado e tirou o caixão, que dentro dele estaria o protocolo correto de como chegar à morte zero ou próxima de zero pela doença.
Ela garante que este protocolo está sendo usado pelo médico para quem ela trabalha, Dr José Gotardo Spadetto, e que visa chegar à morte zero ou próxima de zero em casos de Covid-19. Esse médico, segundo ela, salvou a vida de milhares de pessoas, inclusive a da sua irmã e dos dois sobrinhos.
Ela conta que quando chegou em frente ao Senado, foi parando todos os carros, senadores, qualquer pessoa, tudo isso com o intuito de ser ouvida. Quando viu o insucesso, tirou o caixão do carro, colocou o protocolo do médico junto e com uma caixinha de som começou a chamar a atenção de todos que passavam por lá. Assim, conseguiu acesso ao Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para mostrar e protocolar o documento.
Protocolo
Sobre o documento do médico Dr Gotardo, levado pela bacharel em Direito até à mesa do Senado Federal, consta uma fórmula muito comum aos olhos da população, mas com regras pré-determinadas aconselhadas pelo médico.
No receituário, ele lista os medicamentos: Amoxilina 500 mg, Prednisolona, Dipirona 500mg, Diprospan injetável intramuscular e PGB 1.200.000 (famoso Benzetacil). De acordo com a recomendação, ele afirma que não espera testar positivo para medicar, ressaltando que a clínica é soberana: "Basta apenas apresentar sinais de Covid-19, eu medico".
Quando se fala no protocolo dos ex-ministros da saúde onde acreditam que 5% dos pacientes não resistem à doença, Gotardo salienta: nunca prescrevo medicamentos de outra marca. Podem até ser substituídas, mas mantenho essa marca. "Quando medico, sempre inicio como se fosse os 5%", pensando naqueles que estão no risco extremo.
Tratamento precoce
Apesar de em alguns casos, pacientes que contraíram Covid-19 não chegarem a óbito após utilizar esse tratamento, segundo a Associação Médica Brasileira os remédios não são eficazes para o tratamento precoce, quando o paciente ainda não desenvolveu a doença. "As melhores evidências científicas demonstram que nenhuma medicação tem eficácia na prevenção ou no "tratamento precoce" para a Covid-19 até o presente momento. Pesquisas clínicas com medicações antigas indicadas para outras doenças e novos medicamentos estão em curso. Atualmente, as principais sociedades médicas e organismos internacionais de saúde pública não recomendam o tratamento preventivo ou precoce com medicamentos, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), entidade reguladora vinculada ao Ministério da Saúde do Brasil", afirma, em nota.
A AMB destaca que só as vacinas têm o potencial de evitar a Covid-19 grave, evitando internações hospitalares, necessidade de oxigenioterapia, admissões em unidades de terapia intensiva e óbito.