População está preocupada com a falta do produto devido às enchentes no Rio Grande do Sul
Por vias das dúvidas, para não haver desabastecimento de imediato no comércio de Iúna, com pessoas comprando grandes quantidades para estocar, os supermercados estão limitando a quantidade de arroz a ser comercializado por pessoa. No Supermercado Pami, o gerente informou que o máximo permitido é de um fardo, contendo seis sacolas do produto. Já o Supermercado Central publicou nota afirmando que limitou ao máximo de três embalagens para cada cliente.
O proprietário do Supermercado Almeida Vieira, Rafael Vieira, disse que vendeu o produto a preço da tabela antiga, porém agora não consegue comprar o produto nas distribuidoras por causa da logística. Os caminhões não conseguem sair do Rio Grande do Sul com o produto.
O Supermercado Nascimento informou que está limitando a seis unidades por cliente. O Multishow de Nossa Senhora das Graças limitou em duas unidades por cliente.
Notícias do Grupo Band nesta semana deram conta de que não haverá desabastecimento, afirmando que o Governo Federal anunciou nesta terça-feira (7) a importação de arroz, devido à perda de produção por conta da tragédia climática no Rio Grande do Sul.
O Portal Sou Agro - Agência Brasil, afirma que o Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil. A safra estava sendo colhida, mas em algumas regiões, a enchente chegou primeiro. Muitas lavouras estão em áreas alagadas e logo trouxe uma preocupação ao brasileiro: "Vai faltar arroz? Se houver grandes perdas no Rio Grande do Sul o preço vai disparar?"
O Globo rural assevera que o maior impacto na economia virá através do arroz — cultura que o Rio Grande do Sul concentra 70% da produção brasileira, mas também se vislumbra efeitos no complexo de proteínas, incluindo carnes, leite, trigo e frutas.
Apesar das dificuldades, o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, garante que o abastecimento interno de arroz não está comprometido. "Até o momento, conseguimos colher 83% da safra", informa Velho. "Os 17% restantes estão concentrados na região central do estado, a mais impactada pelas inundações. Lá, falta cerca de 40% para finalizar a colheita".
Por José Saloto