Empreendedora de Dores do Rio Preto recebe em 1° lugar o Prêmio Biguá de Sustentabilidade 2023
Dalva Ringuier mapeou as espécies nativas da Mata Atlântica presente na propriedade, abrindo o local para alunos de escolas da região com aulas interativas
Com o tema "Persistir em um futuro verde é preciso", a cerimônia foi realizada na manhã de terça-feira (17), em Cachoeiro de Itapemirim. Ao todo, foram mais de 70 projetos inscritos neste ano e o projeto "Impercepção Botânica" da empreendedora Dalva Ringuier, ficou em primeiro lugar na categoria Empresas, do Prêmio Biguá de Sustentabilidade 2023. Dalva Ringuier é proprietária da Pousada e RPPN Águas do Caparaó, em Dores do Rio Preto.
Dalva acreditou que era possível construir uma sala de aula interativa em meio à Mata Atlântica e hoje colhe os frutos desse trabalho: ver o conhecimento sendo gerado dentro da sua propriedade. A Prefeitura de Dores do Rio Preto, através da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, parabenizam a empreendedora rio-pretense.
Com o projeto, ela construiu um laboratório vivo na área onde fica a pousada, mapeando as espécies nativas da Mata Atlântica presente na propriedade e abrindo o local para alunos de escolas da região terem aulas interativas. "É uma forma de mostrar que nós estamos no caminho certo e convencer outras pessoas a tomarem essa iniciativa", aponta.
Além das aulas em meio à Mata Atlântica, com elaboração de materiais pedagógicos como cartilhas e jogos de memória para os alunos, um dos diferenciais do projeto é a implantação da tecnologia QR CODE nas árvores identificadas ao longo da trilha, possibilitando que os alunos acessem, em tempo real, informações sobre as espécies que estão vendo.
"Quando eu comprei essa área, há 27 anos, ela era pasto, então, lá atrás, eu fiz um pacto com a natureza de recuperar aquela área. Há cinco anos, em conversa com pesquisadores do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), tivemos a ideia de fazer um estudo sobre aquela região, além de realizar aulas dentro da própria floresta. Agora, ali dentro da própria floresta, os alunos vão aprendendo", conta Dalva.
O objetivo é sensibilizar estudantes e visitantes sobre a importância da Mata Atlântica e mostrar que, mesmo dentro de uma área particular, é possível conservar a biodiversidade local.
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