Divino de São Lourenço entra na rota dos cafés especiais
Café de José Isidoro de Adão e Maria da Glória conquistou excelente classificação no Coffe of the Year
O casal faz a separação dos grãos com muito cuidado para garantir a qualidade.
Um dos premiados na final do Coffee of the Year 2022, em Belo Horizonte-MG, dia 18/11, foi José Isidoro Adão, de 58 anos, casado com Maria da Gloria Alves Adão, do município de Divino de São Lourenço. Ele ficou em 16º lugar na classificação geral para a produção de Café Arábica. Proprietário do Sítio Relíquia do Caparaó, no distrito de Patrimônio da Penha, José Isidoro levou para o concurso uma mostra de Catuaí Vermelho.
Na análise dos provadores do concurso, o café de Zé Isidoro apresentou as seguintes características: "Doce caramelo cremoso cítrico sabor papai pêssego floral. Amêndoa, chocolate, frutado, frutas amarelas, damasco pêssego. Frutas, melado, e flor, frutado vermelho (goiaba) e doce no sabor, corpo sedoso delicado, finalização média, delicada. Doce de leite, pêssego, laranja, açúcar mascavo, corpo cremoso, retrogosto presente. Acidez gostosa".
Maria da Glória mostra a técnica para coação do café.
Na indústria, com o produto ja empacotado, o casal recebe o vice-prefeito Dudu Queiroz, grande incentivador para a produção de cafés especiais no município.
Produção de qualidade
O café premiado é produzido em uma propriedade de dois alqueires de terra, em uma altitude de quase 1.000 metros. Do total da produção, Zé e sua esposa selecionaram cinco sacas de 60 kg para o concurso. Esse volume tem um tratamento especial na colheita, manejo e catação até chegar ao ponto para prova. Segundo ele, a mostra enviada atingiu 87,5 pontos na classificação. Este lote já havia conquistado o 1º lugar no concurso municipal em Divino de São Lourenço.A família participa dos concursos há dois anos. O lote classificado não entra no leilão. A família prefere industrializa-lo para venda no varejo. Um pacote com 250 gramas do produto está sendo comercializado a R$ 24,00. Zé Isidoro entende que dessa forma o lucro é maior do que vender no leilão.
Para garantir a qualidade do produto, uma mini indústria foi montada pela família, com o torrador, moinho e um empacotador. Todo lote destinado ao concurso passa por esse processamento e distribuído em finas embalagens.
Parte da produção que não se destina ao concurso, o gourmet, também segue o mesmo destino. Só que o preço a venda é menor. Os cafés gourmet também são refinados e de alta qualidade. Eles são produzidos a partir de grãos selecionados e com torra controlada. Nos cafés gourmet é possível notar, ainda, algumas notas aromáticas diferentes.
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