Ailton Véin está sendo denunciado por não fornecer informações e documentos requeridos pelos vereadores e por duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI)
A partir das 13 horas de hoje, quinta-feira (8), uma Comissão Processante, da Câmara Municipal de Ibitirama, decide a vida política do prefeito Ailton de Costa Silva – Ailton Véin (PSDB). Ele está sendo denunciado com base no artigo 4º, II e III, do Decreto-Lei Nº 201/1967, por não fornecer informações e documentos requeridos pelos vereadores e por duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI).
Essas CPI's foram constituídas para investigar supostos desvios na área de saúde e de obras da Prefeitura. As possíveis irregularidades podem acarretar no impeachment do prefeito. A data do julgamento do relatório da Comissão Processante foi marcada na semana passada.
Na sessão, o relator da Comissão Processante, vereador Juaci Ladeira Alves (Republicanos), vai apresentar o relatório que trará o parecer pela procedência ou não da denúncia que pode até resultar na cassação do mandato do prefeito. A Comissão tem ainda o vereador Sérgio Silva (PP), como presidente, e Josimar da Silva Ribeiro – Fuzil (PSD) – como membro.
A Comissão Processante foi constituída a partir de uma denúncia apresentada pelo vereador Marcelo Mataveli (PSD), contra o prefeito Ailton da Costa Silva. Após a leitura do relatório, na sessão desta quinta, caso o relator dê parecer pela cassação do prefeito, serão necessários os votos de seis vereadores para afastá-lo ou cassar o mandato.
A quem interessa e quem pode assumir?
Independente, de ser aprovada ou não a cassação do prefeito, o desmonte da atual administração pode favorecer ao grupo que apoia o pré-candidato Romildo Pité. Por outro lado, o grupo do atual prefeito acena com a possibilidade de apoio ao ex-prefeito e também pré-candidato Reginaldo Simão. Com posições indefinidas de alguns vereadores, só na hora da votação se poderá saber de que lado cada um dos edis está e o que eles querem com esta Comissão Processante.
Em caso de afastamento do prefeito, em uma ocorrência normal, cabe ao vice-prefeito assumir a cadeira vaga de prefeito. Nesse caso, o vice Rogério Almeida já é candidato a vice-prefeito na chapa de Reginaldo Simão. Logo, certamente, ele não deve aceitar o cargo que pode durar, no máximo, cinco meses ou por alguns dias – no caso de Ailton Costa conseguir algum recurso para retornar ao cargo, sacrificando uma candidatura que já está em fase de registro. O mesmo acontece com os demais membros da Mesa Diretora que também vão disputar o mandato de vereador.