Culturas entrantes no Espírito Santo são novas fontes de renda e diversificam produção agrícola
O Espírito Santo, embora tenha o café como carro-chefe da produção agrícola, também produz diversos outros produtos
Novas alternativas de renda no meio rural têm atraído os olhares dos produtores no Espírito Santo. No último ano, a produção agrícola cresceu 5,39% em relação a 2021, de acordo com Pesquisa Pecuária Municipal (PAM/IBGE). Com o levantamento dos dados, se destacam registros inéditos de culturas emergentes no Estado, como a soja, que teve 80 hectares de área colhida, 200 toneladas de produção, com produtividade média de 2,5 toneladas por hectare. A azeitona também é uma novidade, que teve registro de 30 hectares de área colhida, 6 toneladas de produção e produtividade de 200 quilos por hectare.
Essas culturas evoluíram de plantios experimentais e estão passando a fazer parte da diversificação de fonte de renda dos estabelecimentos rurais. O Espírito Santo, embora tenha o café como carro-chefe da produção agrícola, também produz diversos outros produtos. As novas culturas entrantes ampliam ainda mais o portifólio do Estado e corroboram com o fortalecimento da economia rural, gerando uma expectativa positiva para os produtores.
A região norte do Estado é considerada mais propícia para o plantio de soja e tem explorado gradativamente essa cultura. Outros municípios, como Montanha, São Mateus, Jaguaré, Linhares e Conceição da Barra também têm potencial para a expansão, devido às condições climáticas e de solo mais adequadas para o cultivo de soja, incluindo temperaturas e precipitações pluviométricas favoráveis. Segundo a Gerência de Dados e Análises da Seag, a cultura se expande pela região norte, mas ainda não existem dados significativos para serem capturados para dados oficiais, pelo IBGE.
A cultura da olivicultura também ganha força no Estado. Indicado para regiões de clima temperado e frio, com altitude entre 800 e 1200 metros, o cultivo da azeitona e a produção de azeite no Estado têm crescido ao longo dos anos, com mais agricultores investindo nessa atividade e buscando técnicas modernas de cultivo e produção de azeite de alta qualidade. O azeite produzido no Espírito Santo começa a ganhar reconhecimento pela qualidade, tanto em nível nacional quanto internacional.
A Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) realiza, por meio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), todo um trabalho de orientação e assistência técnica com os produtores que têm investido nessa atividade, buscando técnicas modernas de cultivo e produção de azeite de alta qualidade.
O Incaper deu início ao Projeto de Olivicultura no Espírito Santo em 2012, com a implantação de uma Unidade de Observação em Caldeirão, em Santa Teresa. Em 2015, o plantio de oliveiras foi difundido para outras localidades e, atualmente, abrange 17 municípios capixabas.
O Estado já conta com seis marcas de azeites extravirgem, com aroma e sabor diferenciados, genuinamente capixabas. De acordo com a extensionista do Incaper Ranusa Coffler, o mercado é enorme, pois o Brasil produz menos de 1% do azeite que consome, o restante é todo importado.
Fonte: SEAG
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